Apesar da partida do seu amigo de jornada, é preciso continuar.
Um dos momentos mais desafiadores que podemos passar com nossos amigos de jornada, é quando o ciclo de vida deles chega ao fim. A expectativa de vida dos animais de estimação é menor quando comparada com a dos seres humanos e por isso podemos passar por estes momentos algumas vezes durante a caminhada com eles.
A frase: “Quando olhamos para frente, a cicatrização começa acontecer”, é da cachorrinha Meg, uma Pug que partiu de forma rápida, deixando seus tutores tristes.
Nos atendimentos sistêmicos de acolhimento ao luto, além da dor da perda, recebo tutores se sentindo culpados ou com a sensação de que poderiam ter feito mais alguma coisa. Lembre-se, os animais de estimação não nos julgam. O julgamento é um processo cerebral humano. Então, se acolham neste momento.
Os animais nos mostram nas comunicações intuitivas que para eles, a morte é um processo natural e apesar de criarem vínculos com seus tutores, o apego e a inabilidade em deixar ir, são HUMANOS.
Os animais dizem SIM para tudo da forma que a vida os apresentam, e isso inclui a sua partida.
Uma das coisas que aprendi é que os animais só querem nos ver feliz, apesar de nos preocuparmos muito com eles. Lembre-se: Estando conosco ou não, após a sua partida, ELES SÓ QUER VER VOCÊ BEM. Por isto, é comum o convite para que seus tutores abandonem a culpa quando presente e estes busquem formas de preencherem sua alma para se sentirem felizes. Mas quando a dor da partida de seu amigo de jornada é MUITO INTENSA ou vem acompanhada de um SENTIMENTO DE CULPA, te impedindo de continuar suas atividades normais, ela pode querer te mostrar situações inconscientes/”ocultas” dentro de você que podem ser ressignificadas. Apesar da dor da perda ficar presente, a culpa e o peso, podem ser ressignificado nos atendimentos sistêmicos de acolhimento ao luto. Lembre-se que autoamor e auto-compaixão são fundamentais para este processo.
” Quando olhamos para frente, a cicatrização começa acontecer”,
Ednilse Galego.