DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII).

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (DII).
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é ocasionada por um grupo de doenças intestinais crônicas (enteropatias), caracterizado por sinais gastrintestinais (GI) que passam a ocorrer com determinada frequência, csusando inflamação do trato GI.
Na DII, a mucosa intestinal é alterada pelas células inflamatórias. Essa inflamação é uma reação exacerbada do sistema imunológico – seja por algo que seu cachorro comeu ou por um mau funcionamento do sistema imunológico, chamado de doença autoimune. Isso resulta em desconforto e interfere na capacidade do TGI de absorver adequadamente os nutrientes.
A predisposição de certas raças de cães à enteropatia inflamatória apoia fortemente um papel desempenhado pela genética do hospedeiro. Essa predisposição racial (p. ex., Boxer, Buldogue Francês e Pastor Alemão), e a resposta clínica a antibióticos, aponta para uma interação entre a suscetibilidade do hospedeiro e a microbiota. Nas raças Boxer e Buldogue Francês com colite granulomatosa, a remissão duradoura se correlaciona com a erradicação da E. coli invasiva na mucosa, semelhante às cepas isoladas da Doença de Crohn. Estudos em cães da raça Pastor Alemão identificaram polimorfismos em fatores relacionados com a imunidade inata: os receptores Toll-like (TRLs), que sofrem segregação em casos de doença. Foi demonstrado que esses cães possuem uma expressão aumentada de TLR2 e diminuída de TLR5 quando comparados com Greyhounds saudáveis.
A suspeita de uma interação entre fatores genéticos e a dieta em cães é apoiada pela descoberta de que a enteropatia sensível ao glúten em cães da raça Setter Irlandês é um traço autossômico recessivo, embora a mutação causal não tenha sido identificada. Reações adversas a alimentos também são descritas em Wheaten Terriers de pelo macio acometidos pela síndrome de enteropatia e nefropatia, ambas com perda de proteína. A análise do pedigree demonstrou um ancestral macho comum, apesar de o modo de herança ser desconhecido.
O tratamento da DII é feito de acordo com a gravidade dos sinais clínicos e clinicopatológicos e aspectos macro e microscópico (histopatológico) do intestino.
Carol Sant’Anna.

Carol Sant´Anna

Médica Veterinária, Pedagoga, Empresária, Founder e CEO da Vet Gourmet, pós-graduada especialista em Clínica e Cirurgia de pequenos animais, Mestre em Nutrição e Dietética pela FUNIBER na ESPANHA, Docente em cursos e pós-graduações, ministra curso de Nutrição da Vet Gourmet e é autora de e-books de Petiscos Saudáveis para Pets, e e-books temáticos como de Páscoa, de Festa Junina e de Festas de Final de Ano.