Melhore a genética do seu rebanho com inseminação artificial.

Melhore a genética do seu rebanho com inseminação artificial.

Entenda sobre os tipos de reprodução e como a inseminação artificial pode melhorar significativamente a qualidade genética dos bovinos do seu rebanho.

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A inseminação artificial é um dos segmentos que trabalha a melhoria genética dentro de rebanhos. O principal objetivo de promover o melhoramento genético em bovinos é aumentar a produção da pecuária, a partir do momento que os animais tendem a apresentar maior eficiência.

A adaptação dos animais com o ambiente que estão inseridos também é um fator importante para a melhor qualidade do produto – seja leite ou carne. Dessa forma, as vacas estarão em condições favoráveis para gerar crias com um bom peso e maior rendimento na carcaça.

As principais técnicas reprodutivas são:

  1. Monta natural (MN)
  2. Inseminação artificial (IA)
  3. Inseminação artificial em tempo fixo (IATF)
  4. Transferência de embriões (TE)
  5. Fertilização In vitro

Neste artigo, vamos nos limitar aos três primeiros temas.

Monta natural

A monta natural é a técnica de acasalamento em que o touro é mantido no mesmo pasto que as vacas durante um ano inteiro ou então durante o período de estação de monta.

Costumam dizer que a monta natural tem uma taxa de prenhez – capacidade do animal em reproduzir – mais alta quando comparada com uma inseminação artificial, mas isto é um mito. Por exemplo, quando a inseminação artificial é bem feita, os resultados são bem semelhantes.

Na verdade, com a monta natural, há a redução de ganhos genéticos. Isso ocorre porque o produtor não tem parâmetros para realizar uma avaliação genética sobre o touro e a qualidade de seu DNA.

A monta natural também facilita a proliferação de doenças como a brucelose – que causa perda na produção de leite, incidência de abortos; e a campilobacteriose – que causa repetição de cio e abortos.

Muitas vezes, a escolha da monta ocorre porque o agropecuarista acredita que manter um touro no pasto é mais barato do que realizar uma inseminação artificial. Entretanto, se o produtor fizer a conta, o custo de manutenção de um touro na fazenda é muito maior do que a implantação da inseminação artificial.

Inseminação artificial 

O conceito da inseminação artificial é a “deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea”. Ou seja, os touros são mantidos em centrais de inseminação artificial, onde há a coleta do material genético (sêmen) daquele touro e, posteriormente, é processado em laboratório.

Depois de processado, o material é congelado para poder ser enviado às fazendas. Na fazenda, a técnica é executada – onde o sêmen é depositado direto no útero da vaca em vez da monta natural.

As vantagens dessa técnica são:

– Praticidade e baixo custo;

– Uso de touros provados para inseminação (touros mais jovens);

– Cruzamento de raças;

– Controle zootécnico do rebanho (dados de parto, cobertura, data da inseminação, sexo dos bezerros, entre outros); e

– Redução da dificuldade em partos.

Inseminação artificial em tempo fixo (IATF)

Esta técnica é um aperfeiçoamento da inseminação artificial convencional. A inseminação artificial em tempo fixo permite ao produtor que tenha uma data e horário pré-determinado para o procedimento sem necessidade de detecção de cio.

As vantagens dessa técnica são:

– Eliminação da necessidade de observação do cio;

– Possibilidade de IA de matrizes em anestro;

– Diminuição do intervalo entre partos – maior produção de leite;

– Concentração dos nascimentos;

– Otimização da mão de obra;

– Padronização do rebanho; e

– Melhoramento genético do rebanho.

Fonte: Sebrae.

Dr. Fabio Stevanato

Médico Veterinário, Empresário e Escritor - CEO e Autor ImpulsoVet.