Melhore a genética do seu rebanho com inseminação artificial.
Entenda sobre os tipos de reprodução e como a inseminação artificial pode melhorar significativamente a qualidade genética dos bovinos do seu rebanho.
A inseminação artificial é um dos segmentos que trabalha a melhoria genética dentro de rebanhos. O principal objetivo de promover o melhoramento genético em bovinos é aumentar a produção da pecuária, a partir do momento que os animais tendem a apresentar maior eficiência.
A adaptação dos animais com o ambiente que estão inseridos também é um fator importante para a melhor qualidade do produto – seja leite ou carne. Dessa forma, as vacas estarão em condições favoráveis para gerar crias com um bom peso e maior rendimento na carcaça.
As principais técnicas reprodutivas são:
- Monta natural (MN)
- Inseminação artificial (IA)
- Inseminação artificial em tempo fixo (IATF)
- Transferência de embriões (TE)
- Fertilização In vitro
Neste artigo, vamos nos limitar aos três primeiros temas.
Monta natural
A monta natural é a técnica de acasalamento em que o touro é mantido no mesmo pasto que as vacas durante um ano inteiro ou então durante o período de estação de monta.
Costumam dizer que a monta natural tem uma taxa de prenhez – capacidade do animal em reproduzir – mais alta quando comparada com uma inseminação artificial, mas isto é um mito. Por exemplo, quando a inseminação artificial é bem feita, os resultados são bem semelhantes.
Na verdade, com a monta natural, há a redução de ganhos genéticos. Isso ocorre porque o produtor não tem parâmetros para realizar uma avaliação genética sobre o touro e a qualidade de seu DNA.
A monta natural também facilita a proliferação de doenças como a brucelose – que causa perda na produção de leite, incidência de abortos; e a campilobacteriose – que causa repetição de cio e abortos.
Muitas vezes, a escolha da monta ocorre porque o agropecuarista acredita que manter um touro no pasto é mais barato do que realizar uma inseminação artificial. Entretanto, se o produtor fizer a conta, o custo de manutenção de um touro na fazenda é muito maior do que a implantação da inseminação artificial.
Inseminação artificial
O conceito da inseminação artificial é a “deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea”. Ou seja, os touros são mantidos em centrais de inseminação artificial, onde há a coleta do material genético (sêmen) daquele touro e, posteriormente, é processado em laboratório.
Depois de processado, o material é congelado para poder ser enviado às fazendas. Na fazenda, a técnica é executada – onde o sêmen é depositado direto no útero da vaca em vez da monta natural.
As vantagens dessa técnica são:
– Praticidade e baixo custo;
– Uso de touros provados para inseminação (touros mais jovens);
– Cruzamento de raças;
– Controle zootécnico do rebanho (dados de parto, cobertura, data da inseminação, sexo dos bezerros, entre outros); e
– Redução da dificuldade em partos.
Inseminação artificial em tempo fixo (IATF)
Esta técnica é um aperfeiçoamento da inseminação artificial convencional. A inseminação artificial em tempo fixo permite ao produtor que tenha uma data e horário pré-determinado para o procedimento sem necessidade de detecção de cio.
As vantagens dessa técnica são:
– Eliminação da necessidade de observação do cio;
– Possibilidade de IA de matrizes em anestro;
– Diminuição do intervalo entre partos – maior produção de leite;
– Concentração dos nascimentos;
– Otimização da mão de obra;
– Padronização do rebanho; e
– Melhoramento genético do rebanho.
Fonte: Sebrae.