Perigos físicos em alimentos!
Já sabemos que um perigo à segurança de alimentos é um agente biológico, químico ou físico no alimento, com potencial de causar um efeito adverso à saúde.
Agora, imagine: você está comendo seu hambúrguer e, de repente, quebra o dente com um fragmento de osso, de quase 1 cm, que estava no hambúrguer e acaba engasgando-se, precisando de ajuda. Ou, você esquenta sua lasanha que estava congelada e, ao final, percebe um metal ali, de 2 cm, assemelhando-se a um parafuso. Ou, ainda, você encontra um fragmento de vidro na sua bebida favorita! São somente exemplos de situações!
Com esses exemplos, imagino que você tenha se conscientizado que o controle do perigo físico em alimentos (ou matérias estranhas indicativas de riscos à saúde) é de extrema importância, assim como o controle dos outros tipos de perigo.
De acordo com a legislação brasileira (RDC n° 623, de 9 de março de 2022), as matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana abrangem, entre outras:
– objetos rígidos, pontiagudos e ou cortantes, > 7 mm na maior dimensão, como fragmentos de osso ou de metal, lasca de madeira e plástico rígido;
– objetos rígidos, com diâmetros > 2 mm na maior dimensão, como pedra, metal, dentes, caroço inteiro ou fragmentado;
– fragmentos de vidro de qualquer tamanho ou formato; e
– filmes plásticos que possam causar danos à saúde do consumidor.
Para o controle de matérias estranhas, as indústrias de alimentos usam controles com diversos nomes, como: controle de contaminante físico, controle de vidros e quebráveis, controle de materiais estranhos, gestão de corpos estranhos, etc.
Além da inspeção visual, muitas empresas utilizam também peneiras, ímãs, filtros, raio-X, detectores de metais, etc. É importante avaliar os riscos antes de implementar esses controles.
Estejamos sempre atentos aos perigos físicos para impedi-los de chegar à mesa do consumidor! Conto com seu conhecimento nesse caminho!
Um grande abraço e até nosso próximo artigo,
Juliana Pampana Nicolau.
