Quando eu comecei a montar, uma das primeiras coisas que meu instrutor me disse foi: “Descontrai o quadril!”

E eu fiquei pensando… “Ué, meu quadril tem que sorrir agora?” 😂 Eu realmente não fazia ideia do que isso significava. Toda vez que ele repetia isso, eu ficava mais confusa. Minha mente tentava traduzir aquela frase como se eu estivesse numa aula de dança do ventre, balançando os quadris como uma cigana.

Mas quanto mais ele pedia para eu “descontrair o quadril”, mais eu ficava tensa. Era como se cada palavra dele apertasse um botão de pânico na minha cabeça. Meu corpo ficava rígido, meus ombros subiam, minha respiração ficava curta, e, claro, meu quadril ficava mais travado que porta emperrada.

E aí, o que aconteceu? Eu fiquei frustrada. Muito frustrada. Porque eu não conseguia entender o que ele queria. Cada vez que ele falava, eu me sentia mais longe de conseguir. E, como todos sabem, tensão e rigidez são o oposto do que precisamos para seguir o movimento do cavalo.

Por isso, eu trago essa história para vocês hoje. Porque eu sei que muitos dos meus alunos já passaram ou ainda passam por isso. E eu aprendi na prática que o que é óbvio para mim como instrutora, não é necessariamente óbvio para o meu aluno.

Então, quando você estiver ensinando, lembre-se: a forma como você se comunica faz toda a diferença. Uma palavra mal escolhida pode gerar frustração, tensão e, pior ainda, impedir que o aluno se conecte verdadeiramente com o cavalo.

E, acima de tudo, tenha paciência. Porque todo mundo já foi um iniciante um dia – inclusive eu.

Quer ter mais repertório e traduzir para seu aluno? Link tá na Bio. Antes de clicar lá e ver a Pós e a Formação de instrutores me conta aqui uma experiência parecida que aconteceu com você, seja aluno ou instrutor.

Mayara Verde.