CONHEÇA O ESCORE CORPORAL IDEAL PARA AUMENTAR A TAXA PRENHEZ.
Boa condição corporal deve ser mantida após a parição, já de olho na futura monta.
“As pesquisas apontam que as vacas que emprenham de primeira são as que possuem uma boa condição de escore corporal”, destaca o pesquisador Gustavo Resende, explicando que são elas que parem mais cedo e geram os chamados “bezerros do cedo”, estabelecendo um círculo virtuoso na fazenda.
Afinal, cada vez mais se busca o desempenho do cedo, como forma de aumentar a eficiência da criação. E, nesse contexto, o escore corporal da vaca, no momento da estação de monta, é o primeiro pilar para se alcançar sucesso no programa reprodutivo do rebanho.
Gustavo Resende desenvolve seus estudos em Colina/SP, em estação da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Ele informa que o escore de condição corporal (ECC) ideal para a vaca emprenhar é 3,5 (em uma escala de 1 a 5), pois representa uma estimativa confiável das reservas de energia corporal da fêmea. Os melhores índices de fertilidade acontecem com esse padrão de escore corporal.
MANEJO PARA ESTAÇÃO DE MONTA COMEÇA DURANTE A GESTAÇÃO
O desafio, portanto, é como levar a vaca ao escore corporal ideal. E as observações da APTA mostram que a melhor forma de fazer isso é iniciar um manejo especial antes mesmo de a vaca parir, já de olho na próxima monta. Só que muitos pecuaristas fazem o contrário, largando as vacas gestantes nas piores áreas da fazenda, em pastos de menor suporte nutricional.
Vacas paridas devem receber manejo adequado. A fertilidade também vem do pasto.
Isto faz com que esses animais percam sua condição corporal, influindo negativamente sobre os índices de fertilidade da vacada. “Na maior parte das vezes – explica o pesquisador Resende — os produtores só vão se atentar para as condições da vaca na hora da estação de monta, só que daí é muito difícil de se reverter o processo”.
DESMAMA ANTECIPADA PODE AJUDAR NA FERTILIDADE
As condições das pastagens e sua disponibilidade de alimento para as fêmeas é o fator que vai guiar o manejo das fêmeas paridas. Em anos de bons pastos, o problema não é tão grande, pois a garantia alimentar já está lá. No entanto, em anos de baixa oferta de capim, o criador deve pensar em estratégias alternativas, conforme indicam estudos da APTA, como adiantar a desmama da fêmea parida.
Quando o escore corporal e o pasto não ajudam, antecipar a desmama pode ser boa medida.
Isto porque a produção de leite custa muito para a vaca, em termos nutricionais. A exigência de nutrientes durante a lactação é grande, o que diminui muito a condição de energia corporal do animal. Por isso, a desmama antecipada passa a ser uma boa estratégia para manter uma condição corporal adequada da fêmea, até a próxima estação de monta.
Bezerros do cedo nascem de prenhez do cedo. E essa história começa com um escore corporal ideal da vaca. Confira tudo neste vídeo, com uma entrevista do pesquisador Gustavo Resende, veiculada em 26/08/2022, no Giro do Boi.
Fonte: Elanco.