Pode ter beleza na despedida.

Pode ter beleza na despedida.

Acompanhando as famílias durante a partida dos seus companheiros de jornada, observo que pode haver beleza neste momento tão delicado. Quando os animais recebem cuidados médicos paliativos e é levado amparo terapêutico para o tutor através dos estudos e ensinamentos sistêmicos, mudanças, sobre a percepção do processo de morte dos animais ocorrem. E desta forma, apesar da dor presente, uma leveza pode surgir.
Quando damos espaço para a despedida acontecer de forma calma e nos permitimos a vivenciar este momento, observando a força dos animais, honrando e agradecendo tudo o que foi vivido até ali com eles, começamos a encontrar a força interior necessária para enfrentar este momento. Por mais que seja difícil o entendimento, a inabilidade em lidar com este momento é humana e os animais dão conta de passar por este momento com paz. Eles não temem a morte.
É necessário aprender largar todo peso e culpa que a mente humana nos trás. Os animais nunca nos julgam.
O vídeo é do gatinho Bailey, que foi adotado sete anos antes de Abby nascer. Então ela viveu a vida inteira na companhia dele e ele sempre no centro de todo esse amor da família.
O tempo passou e Abby (7anos) e o gatinho Bailey com 14 anos, que estava muito doente tiveram que se despedir. Então a família ficou ao lado dele o tempo todo, quando perceberam que ele não tinha muito tempo de vida.
A garotinha colocou seu companheiro de jornada no colo e cantou “You Are My Sunshine” (Você é Meu Raio de Sol). Ela ficou com ele nos braços por cerca de três horas, com a família ao redor e Bailey partiu em paz, ouvindo a voz de Abby.
Nem sempre tutores e animais têm este tempo para a despedida. Mas não se culpem, caso você não estava ao lado do seu animalzinho, no momento de sua partida, pois eles podem nos sentir mesmo à distância, já que “dizem” nas comunicações intuitivas: “sempre estaremos juntos”.
Por uma Medicina Veterinária mais leve e amorosa 🌹.

Ednilse Galego

Ednilse Galego

Médica Veterinária formada em 1996, com especialização em medicina felina, homeopatia, gastroenterologia e mestrado em clínica médica. Exerceu 22 anos da profissão como docente da graduação do curso de Medicina Veterinária e 10 anos na pós-graduação por todo o Brasil. Em 2020 começou a atuar como Terapeuta da Família Multiespécie com formação em Visão Sistêmica Veterinária no Brasil e no Exterior, comunicadora Intuitiva entre consciências e formação em perdas e luto na psicologia humana. Já conduziu mais 700 tutores enlutados a ressignificar a partida dos seus animais através da abordagem sistêmica e das comunicações intuitivas telepáticas.