Proteção Animal Mundial se posiciona contra a criação da primeira fazenda de polvos do mundo.
Em março, a notícia sobre um projeto de primeiro criadouro de polvos do mundo, nas Ilhas Canárias, na Espanha, ganhou grande repercussão na imprensa mundial.
Os planos para inauguração desse projeto estipulam o abate de quase um milhão de animais por ano. Para permanecerem em cativeiro, os polvos não terão suas necessidades de bem-estar animal atendidas.
Além de revoltar cientistas do mundo todo, nós também nos posicionamos contra esse projeto, que tem como objetivo criar polvos de maneira intensiva para consumo humano.
“Qualquer pessoa que se preocupa com a vida selvagem se juntará ao nosso apelo às autoridades espanholas para interromper a primeira fazenda intensiva de polvo do mundo em Ilhas Canárias”, alerta Nick Stewart, Diretor de Campanhas de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial. “Os polvos são considerados os mais inteligentes de todos os invertebrados, são criaturas sencientes que podem sentir emoções, dor e prazer”, complementa.
Stewart também ressalta que os polvos têm comportamentos delicados e precisam de um ambiente controlado para sobrevivência e reprodução, o que não é fácil de atender em cativeiro. Habituados com o escuro e com a vida solitária, amontoá-los em tanques com luz artificial por longos períodos pode gerar um sofrimento inimaginável. “Na ausência de quaisquer regras de bem-estar animal, já que os polvos nunca foram criados comercialmente antes, eles serão mortos em recipientes com água mantida a -3°, o que é conhecido por ser inerentemente cruel”, acrescenta sobre como ocorreria o abate dos polvos neste projeto.
É lamentável que esses animais estejam sendo vistos como um objeto de valor econômico a sacrifício de uma vida em seu habitat natural. Os polvos são animais inteligentes e essenciais para o ecossistema.
Todas as autoridades e aqueles que se preocupam com a vida selvagem precisam se posicionar contra essa exploração.
Fonte: Proteção Animal Mundial.
