Associativismo x Mercado Trabalho
Estamos atravessando um momento no mercado de muitas mudanças, muitas novidades, muitas dificuldades, em contrapartida também estamos com muitas oportunidades, inovação sem precedente, veterinários e empresas veterinárias se destacando muito.
Cabe a todos nós, e não apenas a alguns poucos, lutar pelo sucesso, respeito e pelos ideais da classe veterinária e uma excelente via para esse sucesso, em todas as áreas da profissão, são as Associações, pois sendo legítimas, a força delas será também a sua força na defesa dos reais interesses da classe.
Há uns 3 anos, li um texto (na internet), que foi publicado em uma revista da Associação Brasileira da Indústria da Panificação, com o título: “Como Acabar com a Associação de Classe”.
Segue o texto:
- Não frequente a entidade mas, quando for lá ache algo para reclamar.
- Se comparecer a qualquer atividade, encontre falhas no trabalho de quem está lutando pela classe.
- Nunca aceite uma incumbência. Lembre-se é mais fácil criticar do que realizar.
- Se a diretoria pedir a sua opinião sobre o assunto, responda que não tem nada a dizer. Depois espalhe como deveriam ser feitas as coisas.
- Não faça nada além do necessário. Porém, quando a diretoria estiver trabalhando com boa vontade e com interesse para que tudo corra bem, afirme que sua entidade está dominada por um grupinho.
- Não leia o jornal da entidade e muito menos os comunicados. Afirme que ambos não publicam nada de interessante e, melhor ainda, diga que não os recebe regularmente.
- Se for convidado para qualquer cargo, recuse alegando falta de tempo e depois critique com afirmações do tipo: “essa turma quer é ficar sempre nos cargos…”
- Quando tiver divergências com um diretor, procure com toda intensidade vingar-se da entidade e boicotar seus trabalhos.
- Faça ameaça de abrir processo ético e envie cartas ao quadro social com acusações pesadas à diretoria.
- Sugira, insista e cobre a realização de cursos e palestras. Quando a entidade realizá-los, não se inscreva nem compareça, alegando que as datas eram inadequadas.
- Se receber um questionário da entidade solicitando sugestões, não preencha, e se a diretoria não adivinhar as suas idéias e pontos de vista, critique e espalhe a todos que é ignorado.
- Após toda essa colaboração espontânea, quando cessarem as publicações, as reuniões e todas as demais atividades, enfim, quando sua entidade morrer, estufe o peito e afirme com orgulho: “Eu não disse?”
Artigo publicado na revista Tecnopan, n.º 217, da ABIP – Associação Brasileira da Indústria da Panificação.
Fazendo uma breve análise do texto e trazendo para nossa realidade vejo que em muitas Associações, sejam elas de classe, de especialidades ou de segmentos do mercado, a história se repete. Voce lendo se identificou com algum destes pensamentos descritos no texto?
Vamos refletir um pouco então, as Associações tem como foco desenvolver um mercado e o tornar cada vez mais forte, aumentando a participação do médico veterinário, defendendo os seus interesses e estimulando o relacionamento de empresas, além de proporcionar conhecimento técnico para a evolução da carreira do veterinário. Ainda podendo representar a classe frente a órgãos públicos oficiais, bem como pleitear leis pertinentes a profissão e a saúde animal.
Estendo ainda um grande potencial de benchmarks (sim, somos concorrentes, mas não inimigos), networking (sim, podemos sair de traz de nossas mesas do consultório e conhecer pessoas, trocar informações, fazer negócio) e contribuir com a classe, com a Associação, não exija ou cobre apenas o que ela pode trazer para você, haja e contribua com você ela também.
Isso são pequenas ações e possibilidades (dentre inúmeras) que as associações podem proporcionar para o mercado veterinário, que esta mudando numa velocidade altíssima, deixando muitos preocupados e outros animados. É piegas isso, mas juntos somos mais fortes! Não deixem as Associações morrerem !