Como a pesca pode ajudar a recuperar populações de pirarucu na Amazônia.
As escamas do pirarucu podem ter até um polegar de tamanho e são leves, mas altamente resistentes a objetos pontiagudos, como dentes de piranhas. O manejo do pirarucu na na comunidade de São Raimundo, município de Carauari, no Amazonas, fez a população da espécie crescer de 4 mil, em 2011, para 46 mil, em 2021.
Nas margens do rio Juruá, a comunidade São Raimundo faz planos para comprar um sistema de energia solar.
A comunidade fica dentro da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá e tem 164 pessoas, todas da mesma família. A luz vem de um gerador a diesel, que só fornece energia elétrica das 18h30 às 21h30. A 10 reais o litro, o combustível está ficando caro demais até para manter as luzes acesas três horas por dia.
Com a luz do sol, terão energia elétrica 24 horas por dia, uma melhora significativa na qualidade de vida. A comunidade, localizada no município de Carauari, região Sudoeste do Amazonas, também ficará ainda mais sustentável.
“A nossa base é a preservação”, disse Quilvilene Figueiredo da Cunha, que mora em São Raimundo desde que nasceu, em entrevista à reportagem. “Somos uma família que sempre se importou em preservar.”
Mas poucos anos atrás esse sonho era inalcançável. Juntar dinheiro suficiente para investir em um sistema de energia solar era impossível. Cunha e o resto da sua família trabalhavam com extração de látex de seringa, com cuja renda mal dava para sobreviver.
Tudo mudou há pouco mais de uma década, quando a Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) perguntou se a comunidade ribeirinha queria ser uma das primeiras do município a participar de um novo projeto de manejo do pirarucu.
Fonte: National Geographic.