FAO lança novo programa de treinamento e parcerias com o meio acadêmico para a América Latina e o Caribe.

FAO lança novo programa de treinamento e parcerias com o meio acadêmico para a América Latina e o Caribe.

A iniciativa foi apresentada no Fórum Mundial da Alimentação, em Roma. O diretor-geral adjunto e representante regional da FAO, Mario Lubetkin, participou do evento.

Roma – O diretor-geral adjunto e representante regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, apresentou o novo programa de capacitação para a região, denominado FAO Campus. Na apresentação, realizada no âmbito da Assembleia Regional da Juventude do Fórum Mundial da Alimentação, que acontece em Roma, Lubetkin destacou que o objetivo do novo programa é “promover a inovação, a gestão ativa do conhecimento e a estreita colaboração com a academia, os centros de pesquisa, o setor privado e a sociedade civil”.

O FAO Campus é uma nova plataforma e um mecanismo de parcerias que busca facilitar o intercâmbio entre especialistas e a troca de conhecimentos entre os múltiplos atores de diferentes países e regiões, tendo como base o desenvolvimento de capacidades, a geração de evidências e a identificação e disseminação de boas práticas, por meio de processos inclusivos e participativos.

“Na última década, a FAO formou mais de 260.000 pessoas na América Latina e no Caribe, e hoje oferecemos mais de 60 cursos virtuais dedicados à região. Queremos ampliar e aprofundar esse trabalho”, disse Lubetkin.

Ele acrescentou: “A juventude rural desempenha um papel fundamental na missão de conectar os conhecimentos tradicionais e ancestrais com a inovação, a digitalização e as novas formas de produção sustentável. O FAO Campus tem como objetivo construir novas pontes e ampliar nossas ações na região.

Quatro áreas de trabalho

O novo programa, que começará a ser implementado nos próximos meses, pretende responder às demandas por formação no âmbito de programas e projetos da FAO para atender às necessidades dos países, além de fortalecer o trabalho em rede com as diferentes regiões. Tudo isso com base em quatro áreas de trabalho:

A área acadêmica, cujo objetivo será reforçar os vínculos da FAO com universidades e institutos de ensino e pesquisa da região, e promover cursos de graduação, mestrados, investigação científica, eventos acadêmicos e estágios. Dessa forma, busca-se permitir que temas específicos, como produção sustentável ou ação climática, sejam incorporados cada vez mais aos currículos e planos educacionais da região.

Em termos de desenvolvimento de capacidades, a meta é garantir a qualidade, a sustentabilidade e a escalabilidade dos processos de capacitação na região e assegurar o cumprimento dos requisitos sociais e ambientais.

Em terceiro lugar está a área de multimídia, pensada para desenvolver campanhas e materiais didáticos audiovisuais, especialmente elaborados para instituições educacionais, órgãos de governo e outros parceiros.

E, finalmente, a área de cursos e oficinas, para expandir a oferta atual de treinamento em diferentes modalidades nos quatro idiomas falados na região (espanhol, inglês, português e francês).

“Esse é um programa ambicioso, mas absolutamente necessário. Nos propusemos a atingir 1 milhão de pessoas com nossos cursos e oficinas na região, bem como a ultrapassar 500 iniciativas de capacitação na próxima década. Também queremos aumentar a participação de mulheres, de povos indígenas e afrodescendentes, que se mostraram verdadeiros guardiões dos recursos naturais e de tradições e práticas produtivas ancestrais”, disse Lubetkin.

Fonte: FAO.

Dr. Fabio Stevanato

Médico Veterinário, Empresário e Escritor - CEO e Autor ImpulsoVet.