PITIUM-VAC vacina contra pitiose equina.
O principal objetivo do desenvolvimento do imunoterápico foi o de gerar uma estratégia alternativa para o controle da pitiose equina, eliminando as graves sequelas do tratamento cirúrgico e agregando valor ao animal afetado, contribuindo, desta forma, para aumento da competitividade e sustentabilidade ao agronegócio brasileiro. A pitiose, doença causada por um fungo, provoca um quadro infeccioso na pele e na região subcutânea dos equinos. A doença se desenvolve em locais alagadiços, especialmente nas regiões de clima tropical ou subtropical. O Pantanal brasileiro é considerado o local de maior ocorrência de pitiose equina do mundo, mas a doença já foi verificada em todas as regiões do país. O imunoterápico “Pitium-Vac®” empregado na cura da doença, ou seja, é utilizado após a instalação da pitiose.
O cavalo tem grande importância econômica e social no Pantanal, sendo imprescindível na lida diária com o gado e no transporte das boiadas, além de ser um importante meio de locomoção da população regional. Os relatos sobre “feridas incuráveis” que afetavam frequentemente os cavalos no Pantanal são antigos; inicialmente tratados como uma enfermidade parasitária denominada habronemose cutânea.
As pesquisas realizadas pela Embrapa Pantanal e Universidade Federal de Santa Maria revelaram que essas feridas eram, na realidade, resultantes da infecção por um “fungo” identificado como Pythium insidiosum e se tratava de pitiose. A criação de uma alternativa terapêutica para o tratamento da pitiose equina foi fundamental para a remissão dessa enfermidade que atinge animais principalmente no Pantanal, mas tem sido relatada em todo Brasil.
Quem ganha com isso?
Os principais beneficiados da tecnologia são os pecuaristas que utilizam equídeos para manejo dos rebanhos de animais de produção, esporte, lazer ou como patrimônio zootécnico, especialmente em regiões quentes que apresentam áreas sujeitas a inundação, onde há risco de transmissão da pitiose equina.
Abrangência geográfica
O “Pitium-Vac®” vem sendo comercializado em todas as regiões brasileiras e em quase todos os estados da federação, exceto no Amazonas e no Distrito Federal, indicando que o produto tem ampla distribuição pelo território nacional.
Benefício econômico
Anteriormente ao lançamento do “Pitium-Vac®” em 1999, a forma tradicional de tratamento da pitiose equina empregava uma intervenção cirúrgica para retirada do granuloma provocado pelo Pythium insidiosum, seguida pela queima do local afetado com ferro incandescente. Geralmente, essas ações eram associadas ao uso de vermífugos e antiinflamatórios, o que onerava o tratamento.
A partir de 2007 também ocorreu o aumento na adoção da tecnologia. Esse fato repercutiu em aumento expressivo no benefício econômico determinado pelo uso do “Pitium-Vac®”, alcançando, em 2011, o montante global de benefício econômico de R$ 3 milhões e o benefício econômico referente à participação da Embrapa no processo de adoção da tecnologia de R$1,5 milhão. Assim, o crescente benefício econômico global observado pela adoção desta tecnologia, foi determinado não somente devido à sua crescente adoção, mas também devido à valorização dos equídeos de serviço, avaliada no período de 2008 a 2011.
Levando-se em consideração apenas o Pantanal brasileiro, com cerca de 120 mil equídeos (IBGE, 2007), e utilizando os dados de estimativa dos custos associados com a pitiose equina relativos ao ano de 2011, verificou-se que com a incidência média anual da doença de 12,5% (cerca de 15 mil animais) encontrada para equídeos por Santos (2012) no Pantanal, os custos de perda de equídeos e de tratamento dos animais, poderiam atingir aproximadamente R$15,5 milhões e R$ 420 mil, respectivamente. A grande diferença entre esses valores indica o potencial da tecnologia para geração de impacto econômico positivo considerando apenas esta região do país. Entretanto, ressalta-se que para a melhor previsão deste tipo de impacto, há necessidade de geração de dados epidemiológicos específicos para as diferentes categorias de equinos dos rebanhos do Pantanal e do país.
Parceiros
Universidade Federal de Santa Maria/LAPEMI e produtores ruais do Pantanal
Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.
Produto: Vacina, soro, outros produtos terapêuticos e testes diagnósticos para animais Ano de Lançamento: 2000
Unidade Responsável: Embrapa Pantanal
Onde Encontrar:
A venda do produto é realizada pela Universidade Federal de Santa Maria, pelo LAPEMI.
Palavras-chave: áreas inundadas, cavalos, cicatrização de tumores, ferida da moda, fungo, Página Grandes Contribuições
Fonte: Embrapa.