Carne produzida no bioma Pampa conquista selo de identificação;

Carne produzida no bioma Pampa conquista selo de identificação;

A alimentação dos animais no Pampa, composta em sua maior parte pela rica variedade dos pastos naturais, dá origem a um produto com perfil de gordura mais saudável

  • Reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a marca coletiva Apropampa, agrega valor aos produtos cárneos oriundos do bioma.
  • O selo é resultado de parceria entre a Embrapa, Mapa e a Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho.
  • A identificação comprova que todas as etapas da produção são feitas 100% no Pampa.
  • A carne de bovinos criados livres nesse bioma é mais saudável e nutritiva, com altos teores de ferro e vitaminas do complexo B, além de ômega 3.
  • O selo garante produtos mais sustentáveis e saudáveis ao consumidor, criando identificação e um novo nicho de mercado.
  • A expectativa daqui para frente é firmar parcerias com frigoríficos interessados em colocar a carne com o selo da marca no mercado.

 

A carne de animais criados no Pampa gaúcho já é comercializada com selo de identificação de origem. Reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a marca coletiva Apropampa, da Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho, valoriza os produtos cárneos oriundos do bioma, facilitando o seu reconhecimento no mercado por parte dos consumidores.

Conforme o presidente da Apropampa, Custódio Magalhães, a combinação entre a variedade de pastos naturais e cultivados, o clima, as raças taurinas e sintéticas criadas e o manejo utilizado são os grandes diferenciais que formam a singularidade da carne do Pampa. Assim, para ter o selo, todas as etapas da produção devem se dar no bioma, apenas com a possibilidade de abate fora do Pampa, mas ainda assim dentro do Rio Grande do Sul.

“É 100% do Pampa. Os animais têm de ser nascidos e criados na região. Queremos nos comunicar com o consumidor. Para que ele enxergue o selo e reconheça o que há por trás”, explica.

A Embrapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo do Estado do Rio Grande do Sul foram parceiros da Apropampa no processo que resultou na marca coletiva. Segundo Danilo Sant’Anna, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul (RS), além de diferenciar a carne, o objetivo da distinção é contar toda a história e significado que existe por trás do produto final.

“O Pampa é um ambiente naturalmente campestre, diverso e muito propício à atividade pecuária pastoril. E a figura do gaúcho, bem como sua cultura e tradição, se moldou por esse ambiente e por essa vocação para a pecuária. Nós não desmatamos para produzir, temos o ambiente propício, e a Apropampa pretende comunicar isso aos seus consumidores. Ao mesmo tempo, trabalhar pelo fomento à boa produção, constância e qualidade ofertadas ao consumidor, é uma necessidade. Daí outro dos eixos de trabalho entre a Embrapa e a Associação. Fazer essa parceria com a Embrapa qualifica a produção e promove a diferenciação do produto, possibilitando incremento de renda ao longo de toda a cadeia”, destacou Sant’Anna.

Conforme Sant’Anna, a Embrapa participou de todo o processo que resultou na conquista do selo, desde apoio à formação da Apropampa até estudos técnicos de delimitação da área geográfica para identificação da origem da carne. A empresa também é membro do conselho técnico regulador da associação, além de apoiar o fomento à cadeia da carne e na negociação com novos frigoríficos interessados em valorizar a proteína oriunda do Pampa.

 

Fonte: Embrapa.

Dr. Fabio Stevanato

Médico Veterinário, Empresário e Escritor - CEO e Autor ImpulsoVet.